Uma história social da mídia - Asa Briggs e Peter Burke
Na China e no Japão já havia a prática de impressão, porém com o método chamado “impressão em bloco”, que era mais apropriado para culturas que utilizavam ideogramas.
A imprensa gráfica demorou a entrar na Rússia e no mundo cristão ortodoxo, pois o alfabeto era o cirílico e a educação era praticamente confinada ao clero.A imprensa gráfica marcou a época, assim como a pólvora e a bússola.
Os escribas se sentiam ameaçados por essa nova tecnologia. Os homens da igreja também não concordavam com a imprensa gráfica, pois os leitores de classe mais baixa poderiam estudar os textos por conta própria, e isso diminuiria a confiança deles nas autoridades.
No inicio da idade média, havia poucos livros, já no século XVI, foram publicados muitos. Com o aumento de publicações, precisou ampliar as bibliotecas, e organizar catálogos foram cada vez mais necessários. Os bibliotecários enfrentaram o problema de sempre atualizar os catálogos. Como havia mais livros do que se podia ler, foi necessário fazer resenhas para ajudar na escolha do leitor no fim do século XVII.
A historiadora Elizabeth Eisenstein fez um estudo sobre a imprensa gráfica, e enfatizou em duas consequências a longo prazo, como diz no texto: “em primeiro lugar, as publicações padronizaram e preservaram o conhecimento, fenômeno que havia sido muito mais fluido na era em que a circulação de informações se dava oralmente ou por manuscritos. Em segundo lugar, as impressões deram margem a uma crítica a autoridade, facilitando a divulgação de visões incompatíveis sobre o mesmo assunto.” (p. 30)
RECONSIDERANDO A REVOLUÇÃO DA IMPRESSÃO GRÁFICA
20 anos depois, os argumentos de Elizabeth Eisenstein foram considerados exagerados. Argumentam que as alterações ditas por ela aconteceram em pelo menos três séculos e que a adaptação foi gradual.
O segundo problema dos argumentos da historiadora é que ela dá muita ênfase a impressão gráfica ao afirmar que ele é o