Ferrovias: Uma História Social da Mídia - Burke, Peter; Briggs, Asa
Burke, Peter; Briggs, Asa
Ferrovias
A história da radiotelegrafia começa com a fundamentação teórica e científica de James Clerk Maxwell, que formulou em 1864 equações relativas ao campo eletromagnético. Heinrich Hertz se baseou na teoria de Maxwell para criar aparelhos emissores e detectores de ondas de rádio.
Também houve pioneiros de rádio em outros países, mas foi Guglielmo Marconi quem obteve sucesso e um Prêmio Nobel de Física em 1909. Tinha apenas 23 anos de idade quando patenteou um sistema de telegrafia sem fios que lhe assegurou o monopólio das radiocomunicações e a sua conquista foi conseguir produzir e detectar essas ondas em longas distâncias. Foi a estação de Marconi em Long Island que captou o sinal de SOS do Titanic, em 1912.
Apesar de seu nome ser o mais conhecido em todo o mundo quando se fala da invenção do rádio, um cientista brasileiro expôs suas descobertas em São Paulo muito antes de Marconi e de outros: o pioneirismo do padre Roberto Landell de Moura no rádio só não foi reconhecido porque ele não fazia parte da comunidade científica internacional, sediada na Europa e nos Estados Unidos.
Com o advento da comunicação à distância, pessoas comuns passaram a praticar o radioamadorismo: diversas pessoas começaram a montar seus próprios equipamentos e antenas de forma caseira. Porém, essa prática era limitada ou proíbida. No Estados Unidos havia uma Lei de Rádio, de 1912, que limitava o comprimento das ondas. Na Grã-Betanha de 1904 uma lei decretava que todos os transmissores e receptores de mensagens sem fio precisariam da permissão dos Correios para funcionar.
Daí surgiu o questionamento: o ar não é absolutamente livre para todos? Inclusive esse questionamento perdura até hoje.
Em 15 de junho de 1920, uma Estação Marconi de Chelmsford transmitiu o primeiro concerto musical da história.
Em 1915, David Sarnoff - o mesmo que captou o pedido de socorro do Titanic - criou um modelo de rádio receptor