Uma história em construção: EJA no campo

Resenha critica
Texto: Uma história em construção: EJA no campo
Autora: Maria Cristina Vargas

A educação do campo tem constituído a partir das reflexões feitas pelos sujeitos desenvolvidos com a vida do campo, nas mais variadas praticas estabelecidas nas organizações de movimentos sociais que integram a articulação por uma educação do campo.
Alguns aspectos históricos que diferenciaram a educação da cidade com a do campo foram o fato que, na cidade, devido a necessidade que a burguesia tinha de preparar as pessoas para as indústrias criou-se a cultura de que precisava-se frequentar a escola, pelo menos para conseguir emprego. Já no campo, onde a multidão foi mais cruel, criando-se a cultura de que o trabalhador do campo, para executar o trabalho na roça, pegar na enxada, não precisava de estudo, ao menos que eles tinha intenção de sair do campo para a cidade, onde é que surgia a exigência da escolaridade.
Na I Conferência Nacional por uma Educação Básica do Campo, debateu-se a realidade que o campo vivia. Muitos problemas tratavam especificamente da escola. Nos compromissos assumidos na conferência, foram ratificados a compreensão de quem era os sujeitos envolvidos na construção de uma proposta de educação do campo. As entidades e movimentos cada vez mais reivindicaram seus direitos, até que em 4 de dezembro de 2001, a câmara da educação básica do conselho nacional de educação, a partir de várias discussões com a sociedade, homologou as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo.
A educação do campo, da forma como vem sendo pensada, torna-se um dos caminhos, uma ação concreta para a conquista de um novo projeto de sociedade, baseada em princípios e concepções historicamente construídos pela classe trabalhadora. Para os movimentos sociais, o terreno da educação do campo e um espaço vida, não somente de produção e geração de lucro. A ampliação de mais sujeitos na articulação por uma educação do campo traz a diversidade existente no