Uma breve análise psicológica do filme de terror O SÓTÃO
Para quem desconhece o filme, clique no link para ver a sinopse e o trailler:
O filme traz conteúdos riquíssimos para análise, e se formos analisar profundamente seria escasso o espaço aqui. Portanto, o foco da análise será no surto psicótico da personagem principal Emma.
Emma no próprio filme é diagnosticada como portadora de Transtorno de ansiedade, mais específico com Agorafobia que é o medo excessivo de se expor diante da sociedade e o perigo irreal que isso poderá lhe causar. No filme fica claro que Emma não pode sair da sua casa, pois algo irreal poderá atacá-la.
Podemos observar em Emma um transtorno psicótico agudo, que pode ter surgido diante do fator estressante da mudança de residência de Emma, que a fez se afastar de seus amigos. E defronte com o transtorno psicótico pode se entender os surtos que Emma tem como a imaginação de que ela tem uma irmã gêmea que foi morta pelos seus pais quando nasceu.
Essa irmã irreal de Emma traz a personalidade obscura e terrível negada por ela. Ou seja, podemos dizer que a irmã gêmea Beth é a “sombra” de Emma.
A psicologia analítica traz o conceito de sombra que representa tudo àquilo que não gostamos em nós e consideramos feio. De início a sombra é considerada uma inimiga, mas é através do conhecimento e aceitação do lado sombrio que ela pode se tornar uma grande aliada. E isso não ocorre no filme, Emma tenta negar seu lado obscuro a todo o momento, culpando-o pelas coisas terríveis que ela mesma comete, como a morte de seu irmão e de seus pais. Quando não aceitamos a sombra, ela foge do nosso controle e começa a se tornar ameaçador para nós. É isso que ocorre com Emma no filme.
Outro elemento que Emma traz durante o surto, é a presença do seu próprio animus. O animus representa a figura masculina no inconsciente da mulher, que se desenvolve durante toda a vivência dela através dos homens com que ela convive. Tais exemplos: como o pai, professor,