Um modelo de inteligencia
Um modelo de inteligência organizacional
A
A idéia de gerenciar o conhecimento está ultrapassada. A ordem agora é nutrir culturas de conhecimento. Por Karl Albrecht
“Era da Informação” deveria, na verdade, receber a denominação “Era do Conhecimento”. Há grande diferença entre os dois conceitos. Nas últimas duas décadas, os líderes empresariais foram confundidos e distraídos pela ênfase equivocada nos dados e nas informações e não conseguiram compreender o significado do conhecimento como força propulsora do sucesso organizacional. Não foi por falta de divulgação da idéia de conhecimento como a nova matéria-prima. O que houve foi a pequena evolução real da gestão no campo do pensamento para fazer frente aos novos desafios. Não é possível gerenciar com eficiência na Terceira Onda (Era do Conhecimento) com as formas de pensar típicas da Segunda Onda (Era da Industrialização). Esse atraso de paradigma lembra o que aconteceu quando as empresas viram-se diante da necessidade de se concentrar no valor para o cliente. Embora muitas tenham realizado a transição cultural com sucesso, o número de fracassos foi provavelmente bem maior. É fácil falar em mudanças de paradigmas; o difícil é implementá-las. Surge agora uma nova mudança de paradigma –e, com ela, outro atraso. O foco passa do trabalho com as coisas para o trabalho com o pensamento. Essa guinada será, no mínimo, tão difícil quanto a mudança anterior, embora mais recompensadora.
Sinopse
“Por sorte, a onda inicial do movimento de gestão do conhecimento (KM, na sigla em inglês, de knowledge management) perdeu o fôlego rapidamente, à medida que as abordagens tecnomíopes fracassaram repetidas vezes.” Quem escreve isso é o famoso guru da administração Karl Albrecht. O problema, explica ele, é que gestão pressupõe impor algum tipo de ordem sobre o conhecimento –exatamente o que não se deve fazer. Segundo Albrecht, o que as empresas devem fazer é gerenciar as circunstâncias em que o conhecimento