Um homem bom
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Ficha técnica
Título original Good (2008)
Direção Vicente Amorim
Roteiro John Wrathall, baseado em peça teatral de C.P. Taylor Elenco Viggo Mortensen, Mark Strong (Bouhler), Jason Isaacs (Maurice), Steven Mackintosh (Freddie), Charlie Condou (Bekemeier), Ruth Gemmell (Elizabeth), Anastasia Hille (Helen), Jodie Whittaker
Apesar do tema já bastante explorado no cinema – o nazismo e o extermínio de judeus –, o filme Um homem bom, dirigido pelo brasileiro Vicente Amorim, dá um enfoque distinto do costumeiro ao assunto – nem todos os envolvidos eram maus, humanizando, de certa forma, alguns envolvidos. Há controvérsias sobre o conhecimento que a sociedade alemã tinha sobre o genocídio.
É o caso do professor de literatura e escritor John Halder (Viggo Mortensen), que caiu nas graças de Hitler em virtude do tema de um livro seu, no qual o personagem central, por amor, matou sua esposa extremamente doente para que ela não sofresse mais. De bom caráter e temperamento, o professor se desdobra entre seu trabalho e os cuidados com dois filhos pequenos, a mãe doente e uma esposa problemática, que deixa todos os afazeres domésticos com o marido.
O filme mostra a trajetória e crescimento do personagem que, “convidado” pelo partido nazista para escrever sobre autanásia, por covardia, por inocência ou por vaidade, entra para a SS, separa-se de sua mulher, casa-se com uma ex-aluna ariana e começa sua ascensão social. O tema da eutanásia, longe de ter um fundamento humanitário, seria usado para convencer as pessoas sobre os benefícios de “desistir” de doentes graves. Atente-se para o fato de que isso ocorreu antes que Hitler começasse a perseguição aos judeus, que só mais tarde se tornou clara, objetiva e contundente como a conhecemos hoje.
O partido nazista sempre se serviu de passeatas para arregimentar simpatizantes e atuantes em suas bases. Em uma manifestação nazista, sua então namorada questiona se