A moreninha
A moreninha (Maravilha Ática, Joaquim Manuel de Macedo) é um livro que comove por contar uma linda história de amor, na qual acontece no fim da primeira metade do século XIX.
Quatro estudantes de medicina resolvem passar as férias na casa da avó de Filipe, D. Ana, que fica em uma ilha. Um deles, Augusto, tem a fama de ser um namorador inconstante. Ele próprio garante aos colegas ser incapaz de amar uma mesma mulher por mais de três dias. Além dos amigos, estavam também na ilha, duas primas e a irmã de Filipe, D. Carolina, mais conhecida como "Moreninha". Por causa da fama de namorador do colega, Filipe propõe um desafio na qual se Augusto se apaixonar por apenas uma mulher por no mínimo 15 dias, deverá escrever um romance em que ele contará a história de seu primeiro amor duradouro. Apesar de Augusto garantir que não correrá esse risco, no final do livro ele está de casamento marcado com D. Carolina e o romance que ele deveria escrever já está pronto. Em homenagem a bela menina da pele morena, tal romance recebe o nome de “A Moreninha”.
O livro porém, trás algo mais especial do que a linda história de amor : guarda o sotaque antigo dos jovens, que foi se perdendo ao passar dos anos e que, apesar de ser representado por uma linguagem antiga, é bem acessível para o público atual. Nos mostra também a forma de amar da época (que coloca em questão a idealização da mulher) bem característica do período, que ficou conhecido como Romantismo, na qual teve impulso com a publicação desse livro.Também retrata os costumes da sociedade carioca, com suas festas e tradições. Como exemplo das festas, temos o sarau, em que as moças apaixonadas e os cavalheiros de bom caráter liam os romances publicados em folhetim.
A imprensa desempenhava uma importante função : por meio do folhetim, produções literárias eram veinculadas a população, criando então um público leitor que ficava na expectativa esperando a publicação de mais um capítulo com tramas.
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