um dialogo sobre o pensar
SANTOS, Boaventura de Sousa. Por que pensar?: seis razões para pensar, 2001
Um diálogo sobre o pensar
A partir dos textos “filosofia da ciência” de Rubem Alves e “por que pensar?” de Boaventura de Sousa Santos, Gildo Marçal Brandão e Luiz Jorge Werneck Vianna (enfatizando a exposição realizada por Boaventura de Souza Santos em “seis razões para pensar”), dissertarei este artigo da disciplina “ciência e cotidiano” ministrada no primeiro semestre do curso de Relações Internacionais. Este artigo tem a intenção de refletir tais assuntos.
Ambos os textos discutem sobre o pensar, Rubem Alves tem maior foco no senso comum e na ciência, procurando dialogar com o leitor. Já o outro texto procura responder porque devemos pensar. Realizarei um dialogo expositivo de ideias que convergem em pontos comuns.
Boaventura afirma que estamos vivendo um período de transição paradigmática, aonde perguntas simples, capazes de serem feitas por pessoas do senso comum, são as que fazem mais sentido. É necessário ver a problemática dominante do nosso tempo: estamos passando por um período de auto reflexividade, aonde os indivíduos se mobilizam sem razões, fazendo de sua própria vida um objeto de reflexão, de autoanalise. O que não é algo generalizado. É a transição de processos de criação concomitantes com processos de destruição, aonde por detrás da globalização são poucos aqueles que possuem tempo e instrução para pensar.
Neste ponto é possível observar uma ligação entre ambos os textos, aonde Rubem Alves também discorre que a ciência nada mais é que o senso comum refinado e disciplinado, que cientistas se tornaram um mito: de que nada mais sabem sobre o que falam e os outros devem ouvi-lo e obedece-lo. Mas que todo mito é algo perigoso, porque induz ao comportamento, inibindo o pensamento. Neste ponto os dois autores chegam a mesma conclusão. Há um paradigma de que existem