Ultima entrevista de paulo freire
Prof.ª Márcia Rosmann.
Aluna: Taciana Thaís de Godoy.
Ultima entrevista de Paulo Freire
17 de abril de 1997
Em sua ultima entrevista, Paulo Freire, se mostra entusiasmado por estar podendo presenciar a “Marcha dos Sem Terra”, que aconteceu nesse ano de 1997, e fala que gostaria que muitas outras marchas fossem feitas, por exemplo, “Marcha dos que não tem escola, marcha dos reprovados, marcha dos que querem amar e não podem , marcha dos que se recusam a obediência servil... a marcha pela superação da sem-vergonhice que se democratizou terrivelmente neste país...”. Fala também, que os Sem Terra constituíam uma das expressões mais fortes da vida política, por isso muitos eram contra eles, pois eles mostravam que é preciso sim lutar, brigar, para que haja mudanças, ressaltando que as marchas têm grande influencia na democratização de uma sociedade, e no poder que tem de nos “afirmar como gente”, ou seja, de declarar e impor nossos direitos.
Aborda também o tema “O Ser Humano em Adaptação”.
Destaca que somos seres inacabados, e que a adaptação num ser humano é um momento apenas para a sua inserção. Argumenta a distinção entre adaptação ao mundo e inserção no mundo. Sendo que na adaptação, segundo Freire “há uma adequação, há um ajuste do corpo as condições materiais, as condições históricas, as condições sociais, geográficas, climáticas etc. E na inserção, o que há, é a tomada de decisão, no sentido da intervenção no mundo”. Paulo Freire comenta sobre sua opinião da realidade, que nenhuma realidade deve ser simplesmente aceita, se o ser humano pode intervir. Um exemplo, pessoas que morrem de fome.
“... A história da luta pela justiça rural e agrária nesse país, que hoje o Movimento dos Sem Terra explicita, revela a superação da posição inicial da adaptação, da adequação, inclusive como uma forma de defesa”. Ressalta também que como