Paulo Freire: o homem que amou o mundo, as pessoas, os bichos, as árvores, a terra, a água, a vida!
Luciana Freitas
Simone Antoniaci Tuzzo
Autor de inúmeros livros, o educador brasileiro Paulo Freire tornou-se
(re)conhecido mundialmente por suas ideias e pensamentos na arte de educar. Para ele, o conhecimento precisa ser desvelado pelo homem, pois desse modo se torna possível uma concepção crítica, consciente e transformadora.
Seus ideais, seu entusiasmo, ‘sua vontade amorosa de amar o mundo’ o tornam o maior educador brasileiro defendendo que a transformação da sociedade é possível.
Paulo Freire acreditava que o ser humano é capaz de transformar sua própria realidade, defendendo que nenhuma realidade é imutável. Para ele, sua presença no mundo como educador era para ‘contribuir para uma assunção critica da possibilidade da passividade’. Nesta concepção, acreditava que o sujeito poderia se tornar ativo, assumindo ‘posturas criticamente transformadoras do mundo’.
Em sua última entrevista, concedida em abril de 1997, um mês antes de sua morte, disse: ‘indiscutivelmente, do ponto de vista biológico, talvez nenhum outro ser tenha desenvolvido uma capacidade de adaptação às circunstancias maior do que o homem e a mulher’.
Essa mudança ou transformação social é possível, para Paulo Freire, através de uma educação que privilegie o diálogo aberto, a conscientização crítica, a comunicação horizontal e democrática. Em seu livro ‘Extensão e Comunicação’ ele parte do princípio de que a comunicação é que transforma homens em sujeitos ativos.
Ainda sobre adaptação, Paulo Freire, durante a entrevista explicou que é apenas um momento para o que ele chamou de sua inserção. ‘Na adaptação há uma adequação, há um ajuste do corpo às condições materiais, às condições históricas sociais, geográficas, climáticas etc.’. Sendo, portanto, a adaptação um momento importante e fundamental para que se torne possível a inserção, para o mergulho numa realidade