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( Convertido para .pdf por Leo para que Emuxanny pudesse ler. uahueah! =D ) Sumário 1. O ossuário, 7 2. O éter, 91 3. A maçã, 14 9 4. A orquídea, 261 5. A palavra, 381 6. A praia, 479 7. O mundo de Francisca, 571 0 canos. Subia. Cresciam diante dos seus olhos a balança, a escala, os cutelos, os duros pratos prontos a reagirem a um frêmito de culpa. Enquadrado, dividido pelas linhas da balança, Cristo crescente para Nando caminhante. Cristo duro. Balança ele próprio. Cristo matemata. Nando ultrapassou os que eram julgados diante da balança, ultrapassou a balança, colocou-se ao lado direito do Cristo e mirou em frente. Os capuzes cobriam caveiras e na mão dos frades os rosários se prendiam a metacarpos e falanges. Eram esqueletos os frades em julgamento. Em toda a imensa cripta em frente, prolongada num corredor que morria em trevas, havia ossos empilhados e prontos a se reorganizarem em esqueletos vestidos de burel mal soasse para cada frade a trombeta de chamada. Mas a pupila de Nando não chegou a se apagar na meditação da morte porque foi ferida por um tom vermelho. Que podia ser? Que vermelho era aquele entre as cores sujas do ossuário? Sangue na caveira ilustre do frade à esquerda? Uma sangrenta marca de mão? Talvez uma das brincadeiras idiotas de Hosana. Mas o riso que chegou aos seus ouvidos foi outro. - Você pensou mesmo que o esqueleto tinha aberto os pulsos, Nando? disse Levindo. Todos os seus novos amigos já o tratavam assim, pelo nome. Não era mais "Padre". A dispersão do mundo dispersava também a sua pessoa. Seu medo de partir para a missão que o uniria a si mesmo resultava nisto. O mundo era uma distração feita de um milhão de idéias passageiras. Uma incessante fita de cinema diante do altar de Deus. - Desculpe a mão de sangue aí no irmão esqueleto. Foi sem querer. Eu me apoiei nele quando os meus olhos ainda não estavam habituados ao escuro. E me assustei. Que cara fria! - Como é que você entrou aqui? disse Nando. Levindo sorriu malicioso e