Tópicos sobre economia contemporânea teorias, escolas, doutrinas.
A base do conceito clássico da economia na descrição da ordem econômica foi fundamentada nas leis que regem a formação, a acumulação, a distribuição e o consumo da riqueza e teve como pressupostos, os sentimentos morais, as paixões originais da natureza humana, a busca da aprovação social, as razões maiores da acumulação e da conservação da fortuna material. A concepção neoclássica do capitalismo e a teoria marginalista, foram ficando cada vez mais distantes da realidade dos fatos da vida contemporânea e consequentemente, questionados por economistas e por responsáveis pela condução da política econômica mesmo de países onde permanece inabalável a convicção de que o regime capitalista de produção é o mais eficiente sistema econômico e a livre empresa o que há de mais favorável à liberdade política. Para sustentar esta tese farei a seguir uma breve análise dos principais postulados e pressupostos que alicerçaram a teoria neoclássica: Transcrevo abaixo o trecho relativo a mercados, extraído da segunda edição (1814) da obra de Jean Baptiste Say, Traité d'Economie Politique.
"Vale a pena notar que um produto, tão logo seja criado, nesse mesmo instante gera um mercado para outros produtos em toda a grandeza de seu próprio valor. Quando o produtor dá o toque final a seu produto, ele está ansioso para vendê-lo imediatamente, para que o valor do produto não pereça em suas mãos. Nem está ele menos ansioso para se utilizar do dinheiro que pode obter, porque o valor do dinheiro também é perecível. Mas o único modo de se desfazer do dinheiro é pela compra de um produto ou outro. Assim, a mera circunstância da criação de um produto imediatamente abre um mercado para outros produtos." Essa concepção passou a ser conhecida abreviadamente como "lei de Say" ou "lei dos mercados de Say", e às vezes é também mencionada como "lei de preservação de compra". Ela tem sido traduzida, através