Tópicos especiais 2
1. A Teoria das restrições (TOC)
A TOC teve início no final da década de 70, quando o físico israelense, Eliyahu Moshe Goldratt, foi convidado a auxiliar no gerenciamento de uma empresa. Goldratt sem nenhum conhecimento de administração, porém com base nos processos de raciocínio aplicado à física, aceitou o desafio de tentar melhorar o desempenho daquela organização.
Percebendo que a deficiência inicial daquela empresa era a logística interna de produção e que os métodos utilizados até então para gerenciá-la não apresentavam nenhum sentido lógico, Eliyahu Moshe Goldratt elaborou o seu método de administração da produção. Após o método implementado e bem sucedido, outras empresas se interessaram pelo mesmo e, sendo assim, Goldratt então decidiu elaborar melhor o método a fim de disseminá-lo.
Na primeira metade da década de 80, século passado, Goldratt lançou um livro (“A META”) sobre a sua teoria em parceria com Jeff Cox. No livro, o autor critica os métodos de administração tradicionais, incluindo a contabilidade de custos. A partir desta publicação a abordagem expandiu-se para outras áreas da empresa, inclusive pela adição de novos instrumentais à Contabilidade Gerencial.
1.2 Conceitos Básicos da TOC
A base do raciocínio da TOC está nos conceitos de causa e efeito e na relação de interdependência dos elementos de um sistema, onde cada elemento do sistema depende um do outro de alguma forma, e que, o desempenho global está intrinsecamente relacionado ao desempenho do conjunto como um todo e não do desempenho individual e isolado de cada parte do sistema, descartando desta forma o ótimo local.
Goldratt define em “A Meta” (1997) como restrição (constraint) de um sistema, qualquer coisa que impeça o mesmo de melhorar o seu desempenho em relação à meta definida, ou seja, é o fator que restringe a atuação do sistema como um todo. Este conceito também é conhecido como “gargalo” (bottleneck).
SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e