técnicas de relaxamento

INTRODUÇÃO

As técnicas de relaxamento “constituem um conjunto de procedimentos de intervenções úteis” (Caballo, 1996) no âmbito da saúde e da psicologia clínica. As mesmas têm evoluído ao longo do século XX graças, em grande parte, ao desenvolvimento de pesquisas sobre emoção e motivação, a partir das quais passou a se compreender o mecanismo de ação psicofisiológica do relaxamento. Dessa forma, as técnicas de relaxamento consolidaram-se como procedimentos válidos de intervenção psicológica. Atualmente são utilizadas dentro da terapia, como técnicas de modificação do comportamento em si mesmas ou formando parte de outras técnicas de modificação de comportamento como podem ser a dessensibilização sistemática, ou o treinamento assertivo.

CONSIDERAÇÕES GERAIS DA APLICAÇÃO

A possibilidade e capacidade que o ser humano tem de aprender novas respostas biológicas nos permite entender a aplicação em Psicologia das técnicas de relaxamento. É através delas que o indivíduo pode aprender a discriminar os diferentes níveis de tensão em cada grupo muscular, bem como aprender a relaxá-los, ou então, adquirir controle sobre sua respiração, ativando o sistema parassimpático e propiciando a resposta de relaxamento na situação desejada. No campo da Psicologia Cognitivo Comportamental as técnicas de relaxamento formam parte de técnicas de modificação do comportamento, tais como a “dessensibilização sistemática” ou o “treinamento assertivo”. Nesses casos, a resposta de relaxamento “pode ser condicionada a estímulos neutros do ambiente ou ser contracondicionada a estímulos evocadores de ansiedade, de acordo com o modelo do condicionamento clássico ou pavloviano” (Caballo, 1996). É assim que são tratadas, por exemplo, as fobias. De outra forma, as técnicas de relaxamento podem também ser aplicadas como técnicas em si mesmas em determinadas situações, a saber, quando o cliente realiza atividades rotineiras com excesso de tensão,