corpo e mídia
A performance do corpo na mídia, de um lado redefine uma construção de corpo que identifica o pensamento cultural contemporâneo. E, por outro, torna-se outro corpo, criado no espaço de troca de informações. A relação corpo-mídia sugere, então, a possibilidade de um vasto e desconhecido território, que as mídias inauguram.
A mídia designa, de forma genérica, os meios de comunicação, ou seja, os veículos utilizados para a divulgação de conteúdos de publicidade e propaganda. Suas fronteiras estruturam desenvolvimentos e disseminações das performances corporais. Veremos um pouco mais sobre mídia e corpo.
Corpo e mídia
Há nas sociedades contemporâneas uma intensificação do culto ao corpo, onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.
Entendida como consumo cultural, a prática do culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral, que perpassa todas as classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso que ora lança mão da questão estética, ora da preocupação com a saúde.
Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a linguagem corporal é marcadora pela distinção social, que coloca o consumo alimentar, cultural e forma de apresentação – como o vestuário, higiene, cuidados com a beleza etc. – como os mais importantes modos de se distinguir dos demais indivíduos.
Nas sociedades modernas há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. Não por acaso que foi nesse período que surgiram as duas maiores revistas brasileiras voltadas para o tema: “Boa Forma” (1984) e “Corpo a Corpo” (1987).
Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a criar novos padrões de aparência e beleza, difundindo novos valores da cultura de