TURISMO
Pedro Jorge Neves Pereira
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Palavras-chave:
turismo;
diversificação
de
actividades;
relação
custo-benefício;
responsabilidade social.
1. Introdução à discussão da sustentabilidade do turismo
A revolução industrial alterou drasticamente os padrões económicos e sociais ao nível mundial. De forma gradual foi-se instalando a denominada “sociedade de consumo”, cuja maior criação foi o consumo de massas. No caso do desenvolvimento turístico, este baseou-se num crescendo da acessibilidade para a generalidade das populações a este tipo de serviços, devido ao aumento dos rendimentos, dos tempos livres disponíveis e do desenvolvimento dos meios de transporte.
Todos estes aspectos conheceram uma profunda aceleração durante as décadas de cinquenta e sessenta do século XX, período durante o qual ocorreu uma significativa expansão do denominado turismo de massas, fenómeno caracterizado pela ocorrência de fluxos massivos de indivíduos de todas as idades e condições, originários das áreas urbanas, que se deslocam em determinadas épocas do ano, com destino a lugares supostamente paradisíacos, como referidos por Krippendorf (1987) : “The countryside, the most beautiful landscapes and the most interesting cultures around the globe form the theatre of operations of this industry”, levando consigo os seus hábitos fortemente consumistas. O turismo vem-se assumindo, ao longo dos últimos cinquenta anos, como uma actividade económica vigorosa capaz de contribuir de forma eficaz para o desenvolvimento económico e diversificação das actividades geradoras de riqueza. A capacidade de gerar tais impactos económicos para um qualquer destino turístico, seja uma cidade, uma região, ou um país advém dos seus visitantes, dos respectivos gastos