Turismo e Hospitalidade
Autora: Valéria Ferraz Severini Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade
São Paulo, Brasil.
São Paulo apresenta problemas de hospitalidade urbana
É importante gerir o espaço público para torná-lo mais agradável para quem o habita ou o visita.
O Vale do Anhangabaú (Figura 1) é um ponto de encontro dos paulistanos principalmente em dias de comemorações cívicas, esportivas e culturais. Já a Avenida Paulista (Figura 2), além de ser uma importante avenida estruturadora da cidade, serve como local para manifestações públicas. Algumas praças da cidade, como a Praça do Patriarca (Figura 3), no centro da cidade, funcionam como áreas de lazer, como palco de manifestações populares e ainda como pontos de referência.
Mas a cidade também reserva outros espaços públicos que atendem as necessidades de moradores e turistas. Entre esses espaços estão: calçadões – ruas por onde passam apenas pedestres, como o calçadão da Rua São Bento (Figura 4); amplas calçadas de importantes avenidas, como a calçada da Avenida Paulista (Figura 5) que atrai pedestres, skatistas e corredores; parques urbanos espalhados pela cidade; como por exemplo, o Parque Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como Trianon (Figura 6).
Seguindo esse pensamento, pode-se afirmar preliminarmente que o espaço da hospitalidade urbana é espaço público. Mas quem deve cuidar dele? A resposta é quase que automática: o prefeito, o secretário de planejamento e de obras, ou até mesmo o vereador. Por um lado, isto está certo. O prefeito, no papel de representante legal do povo é quem deve cuidar das ruas, das calçadas, da iluminação pública, dos equipamentos de educação e saúde etc. Nesse sentido, está correto afirmar que o anfitrião urbano é o gestor público. Contudo, se o espaço da hospitalidade urbana é público e, por consequência, é de todos, logo todos deveriam cuidar. Porém, os inúmeros problemas enfrentados no domínio público, demonstram muitas vezes