Tupis
Sobre os Tupis:
- Instrumentos musicais: Violão, tambor, bastão de ritmo, bastão fino, bastão grosso, flauta, maracá e borduna.
- Contos:
1º) Na aldeia Tupi são comuns as rezas a Tupã (Manderu Papá Miri), um ser sobrenatural que, segundo o cacique Weramirim, controla os raios e o trovão. Acreditam que Tupã criou essa terra com o que restou da inundação que destruiu a primeira terra "Yvy Tenondé". Dizem que essa terra, como a primeira, foi criada no meio do oceano, e está também fadada a ser destruída por inundação. Esses e outros preceitos sagrados são transmitidos de geração em geração através das rezas, dos cantos e das danças. Essas rezas acontecem em meio a cantos em guarani, todas as noites, com exceção dos dias muito chuvosos. As rezas têm sempre um objetivo determinado: para pedir proteção para o tekoa e para as crianças, antes e durante a plantação, antes e depois da colheita e antes de comerem o alimento, agradecem mais uma vez pelos frutos obtidos. As rezas e os cantos aconteceram na casa das rezas. Um grande salão de pau a pique, coberto de folhas de palmeiras. Índios de todas as idades e sexo participam sentados no chão, ou em banquinhos feitos de tronco de árvore, ou deitados em redes, alguns fumando cachimbo.
2º) Os pajés tupis-guaranis, contavam que no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história, então à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse. E assim fazia todas as noites durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la, e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça,