Tulo
O esporte é uma atividade de crescente interesse para a sociedade e um campo propício para a inovação tecnológica. Essa via de mão dupla é ainda mais atraente diante dos grandes eventos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos como a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos e muitos outros eventos preparatórios. A demanda por resultados no esporte competitivo propicia o desenvolvimento de conhecimentos e tecnologias que podem beneficiar a população como um todo: atletas e não atletas. A área de ciência e tecnologia brasileira está sendo chamada a participar desta grande mobilização, alinhada com as novas prioridades governamentais de incentivo à inovação tecnológica.
Antes e depois dos grandes eventos esportivos, estaremos mais aptos a preparar nossos atletas? Seremos mais capazes de gerenciar grandes eventos e estádios ou teremos apreendido novas estratégias de marketing? Novas tecnologias da informação e comunicação aplicáveis ao esporte terão sido propostas e testadas? Teremos, até lá, formulado e implementado um modelo integrado de desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação nos esportes? Teremos desenvolvido no País alguma metodologia, tecnologia ou produto capaz de treinar melhor, ensinar melhor, avaliar melhor, alimentar melhor ou recuperar melhor um atleta olímpico ou paraolímpico?
E o cidadão, a pessoa com deficiência, as crianças, as donas de casa, os sedentários e os idosos estarão mais motivados a praticar o esporte ou a atividade física? E saberão como fazê-lo de maneira cientificamente fundamentada? Teremos avançado no conhecimento de como o esporte pode beneficiar (ou prejudicar, eventualmente) nossa saúde ou bem-estar? Entenderemos com mais profundidade o impacto dos grandes eventos sobre as cidades, a economia ou o meio ambiente?
A pesquisa brasileira, nas diferentes áreas do conhecimento, e notadamente naquelas com interface com o esporte, está sendo desafiada a dar respostas a essas