TUDO SOBRE A REVOLUÇÃO RUSSA
Até 1917, o Império Russo foi uma monarquia absolutista. A monarquia era sustentada principalmente pela nobreza rural, dona da maioria das terras cultiváveis. Das famílias dessa nobreza saíam os oficiais do exército e os principais dirigentes da Igreja Ortodoxa Russa.
Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha a maior população da Europa, com cerca de 171 milhões de habitantes em 1904. Defrontava-se também com o maior problema social do continente: a extrema pobreza da população em geral. Enquanto isso, as ideologias liberais e socialistas penetravam no país, desenvolvendo uma consciência de revolta contra os nobres. Entre 1860 e 1914, o número anual de estudantes universitários cresceu de 5000 para 69000, e o número de jornais diários cresceu de 13 para 856.
A população do Império Russo era formada por povos de diversas etnias línguas e tradições culturais. Cerca de 80% desta população era rural e 90% não sabiam ler e escrever, sendo duramente explorada pelos senhores feudais. Com a industrialização foi-se estabelecendo progressivamente uma classe operária, igualmente explorada, mas com maior capacidade reivindicativa e aspirações de ascensão social. A situação de extrema pobreza e exploração em que vivia a população tornou-se assim um campo fértil para o florescimento de ideias socialistas.
Resumindo, a Revolução Comunista eclodiu, graças à:
1- A crise econômica; pesados impostos; a fome que atingia grande parte da população; 2- Incapacidade administrativa dos Czares; 3- As derrotas da Primeira Guerra Mundial; e 4- Grande desigualdade social existente no país.
Domingo Sangrento
Em janeiro de 1905, uma grande multidão reuniu-se ás portas do palácio imperial para pedir audiência ao czar. O exército abriu fogo contra eles matando muitos dos manifestantes. Esse fato, denominado "Domingo Sangrento", serviu de pretexto para uma série de revoltas no país inteiro. Uma poderosa unidade da frota do mar Negro, o encouraçado