Tudo sobre Plano de Parto
Publicado em 24/09/2013Vira e mexe alguém me escreve e diz: “ah, Gabi, aqui na minha cidade ninguém nunca ouviu falar de atendimento humanizado!” ou ainda “não me restam opções, tenho que parir no plantão”. Este problema é muito comum. A gestante estuda, se dedica a beça, mas nem sabe como começar a tentar estabelecer um diálogo com os profissionais que vão atender seu parto, que não têm a menor ideia do que diabos é aquele ser esquisito cheio de desejos. Acontece com muita gente.
Vou começar dizendo uma coisa: na nossa atual conjuntura de atenção obstétrica, não recomendo que ninguém tenha seu bebê no plantão. São pouquíssimos profissionais no Brasil que praticam um atendimento humanizado, em pouquíssimos hospitais. Você pode ter o bumbum para a lua e trombar um deles, mas, em regra, contar com a sorte, neste caso, é sair perdendo.
Nem todo mundo, entretanto, tem como bancar uma equipe própria. Temos que lutar, então, para que estas mulheres também consigam um atendimento digno. Quanto mais preparadas estamos, menos chance de sofrer violência obstétrica. Eu concordo com Churchill: “Quanto mais fortes somos, menos provável é a guerra” (estou em uma fase Dowton-Abbey-adict, sorry!).
Para a maior parte das mulheres, a chegada dos filhos é um dos momentos mais mágicos da vida. Nem precisamos falar do quanto um nascimento respeitoso é importante para os bebês. E, para a sociedade, há uma relevância enorme cada vez que alguém pleiteia, em um hospital ou perante uma equipe, uma assistência humanizada, de acordo com as evidências científicas: isto significa mais pulguinhas nas orelhas, mas gente sabendo que existe outro jeito de parir, mais profissionais sendo informados sobre desejos das mulheres.
Então, o que fazer, se na sua cidade não tem profissionais habilitados ao atendimento humanizado, ou você não tem condições de pagar os honorários deles? O melhor possível, ué!
Passo um: protocole