Tropicalismo
Claudia Cruz de Souza
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O tropicalismo
Nasce o tropicalismo
Referências
O tropicalismo
Tropicalismo: o próprio nome já dá um panorama do que um movimento, pensado e construído por jovens nordestinos, propunha para o Brasil. Uma proposta bastante direcionada às necessidades e aos anseios de um país que estava tomado por forças destrutivas, mas que mantinha a alegria e a irreverência dos trópicos.
O moço baiano - Caetano Veloso -, hoje um grande nome da Música Popular Brasileira, deu a partida para a roda girar. Teve contato imediato com um tripé de manifestações artísticas que desembocaria no movimento de contracultura. Glauber Rocha, cineasta, também baiano, contribuiu com o seu filme “Terra em Transe”;
Link para o filme completo no Youtube:
José Celso monta, no Teatro
Oficina, a peça “O Rei da
Vela”, de autoria de Oswald de Andrade, material esse censurado pelo Estado Novo desde 1936;
Hélio Oiticica brinca a tropicalidade com um penetrável chamado “Tropicália”.
No filme, Glauber retrata com detalhes o impasse dos intelectuais da época frente à sociedade brasileira pós golpe militar de 1964, mergulhados em uma introspecção típica de um ser humano que busca reconhecer a própria identidade. A abordagem do filme tem uma característica anárquica, que destaca diversas vertentes da cultura, inclusive sem deixar de fora a carnavalidade, a miscigenação do povo, a análise da burguesia e da maneira frívola que se porta diante de um impasse político de tamanha importância, da mediocridade dos alienados. Esteticamente falando, “Terra em Transe” se encaixa perfeitamente nos ideais do Cinema
Novo, criado por uma geração de novos intelectuais, jovens universitários e bons leitores, que buscavam no cinema francês de Jean-Luc Godard e François Truffaut um cinema de ideias, autoral (onde a primeira lembrança de um filme nasce pelo nome do diretor), antihollywoodiano. Com