O artigo em estudo aborda sobre a prevenção à trombose, perda fetal e interação farmacológica sugerida nesse caso. A trombose refere-se à extensão patológica da hemostasia. Na trombose, as reações da coagulação estão inapropriadamente reguladas, de modo que ocorre aumento descontrolado do coágulo, causando oclusão da luz do vaso sanguíneo. O coágulo patológico é denominado trombo. Três fatores principais predispõem à formação de um trombo – lesão endotelial, fluxo sanguíneo anormal e hipercoagulabilidade. Em conjunto, esses três fatores são conhecidos como tríade de Virchow. A doença tromboembólica venosa é uma causa importante de morbidade e mortalidade obstétrica, mas a verdadeira incidência da trombose venosa profunda (TVP) durante os períodos de gestação e pós-parto ainda não está totalmente estabelecida. De um modo geral, podemos afirmar que na grávida, existe um risco seis a dez vezes maiores de ocorrência do tromboembolismo venoso (TEV) e que a TVP incide em 1 a 2 casos por 1000 gestações. Tradicionalmente, o risco de trombose na gravidez é considerado maior durante o terceiro trimestre de gestação e, especialmente, no puerpério (período de seis semanas após o parto). Níveis aumentados de fibrinogênio e de outros fatores da coagulação, especialmente II, VII, e X, e diminuídos dos seus inibidores naturais (antitrombina III, proteína C e S), bem como a redução da atividade fibrinolítica durante a gestação, produzem um estado relativo de hipercoagulabilidade. São considerados fatores de risco associados ao desenvolvimento de TVP na gravidez, antecedentes de TEV ou de flebite superficial, idade superior a 30 anos, obesidade, permanência prolongada no leito, trombofilia hereditária, multiparidade e cesariana entre outros. A interação medicamentosa recomendada é a heparina, por não atravessar a placenta e oferece maior segurança fetal. Os anticoagulantes orais podem causar uma embriopatia característica, alterações do sistema nervoso central (SNC) e hemorragia