triste fim de policarpo quaresma
Policarpo: João Neto
Juiz, Soldado e Marechal: Abner
Figurantes, Genu : Ana Claudia
Doutora, Narrador : Daniele
Atila, Figurante: Ágata
Indio, Carcereira: Wanessa
Olga: Barbara
Cena 1- Tribunal
Narrador: Major Policarpo Quaresma, era como ele era conhecido. Morava no RJ, junto com sua irmã. Tratava-se de um homem extremamente patriota, fiel e adorador do Brasil. Na vizinhança... achavam graça dele. Estudava muito sobre o país, e com isso acabou acreditando que o mais certo seria que todos na pátria falassem o Tupi-Guarani. Assim aprendeu a língua, e levou o seu ideal as autoridades, no entanto isso causou uma certa discórdia.
- Excelência (juiz): Em vista destas considerações, o requerente, Policarpo Quaresma, usando do direito que lhe confere a Constituição vem pedir que o Congresso Nacional, decrete o idioma indígena tupi-guarani como língua oficial do povo brasileiro.
- Figurante 1: Isto é um absurdo. VossaExcelência, este homem é um louco!
- Figurante 2: Isso é ilegal!
- Figurante 3: Vossa Excelência, onde nós estamos? Na casa do povo ou em um Manicômio?!
- Excelência (juiz): Silêncio Senhores! Silêncio!
- Policarpo Quaresma: Excelentíssimo! Chenennhengajaruçaba. Eu peço a palavra.
- Figurante 3: Palavra negada! O senhor não é deputado.
- Figurante 4: Palavra concedida. É um cidadão contribuinte. Afinal, isto aqui não é a casa do povo?
- Figurante 3: O senhor é um filho da puta!
- Figurante 4: E o senhor é um canalha! Eu vou lhe quebrar a cara.
- Excelência (juiz): Com a palavra, o cidadão Policarpo Quaresma, autor da proposta.
- Policarpo Quaresma: Vossa Excelência, nobres deputados cidadãos brasileiros. A língua é a mais alta manifestação da inteligência de um povo e sua criação mais viva e original e, certamente, a emancipação política de uma nação exige uma libertação idiomática!
- Figurante 3: Eu discordo! Língua de índio não liberta ninguém! Não pode ser escrita. Não vai ter mais