trauma raquimedular
Trauma Cervical (1ª parte) última atualização: 05/04/00
Introdução
Os traumatismos cervicais nos submetem a pensar quase que exclusivamente em traumas de coluna cervical, provavelmente por ter esse traumatismo características físicas marcantes em seu portador. Embora intimamente relacionados, devemos sempre atentar à análise global das demais estruturas nobres da região cervical. Traumas de outros órgãos do pescoço (lesão de artéria carótida, por exemplo) podem estar envolvidos em traumatismos cervicais, tendo igual ou até mesmo maior importância do que uma simples luxação da coluna cervical. Dessa forma é dever de todo socorrista reconhecer os possíveis órgãos acometidos em um trauma cervical e suas possíveis complicações.
Os traumatismos cervicais podem ser divididos em aberto e fechado. Considera-se traumatismo aberto àquele que ultrapassa o platisma, sendo considerado traumatismo fechado aquele que não passa dessa estrutura. Essa diferenciação inicial é importante em relação a conduta a ser adotada, assim como para uma possível análise do prognóstico do paciente traumatizado.
Histórico
Em 1956, Folgeman e Stewart relataram que o índice de mortalidade de pacientes submetidos à exploração cervical era de 6 %, em contrapartida ao índice apresentado pelo tratamento conservador (35%). Defendiam, assim, a exploração precoce como conduta obrigatória no atendimento de pacientes com traumatismo cervical ultrapassando o platisma. Porém essa exploração sistemática dos ferimentos cervicais apresentava de 35 a 67 % como taxa de exploração negativa. Em vista desses resultados surge a abordagem seletiva baseada em sintomas, sinais e exames subsidiários, reduzindo em cerca de 10 a 20 % o índice de exploração negativa. Assim temos a criação de uma polêmica em relação a melhor conduta a ser empregada no momento do atendimento ao paciente com lesão cervical. Dessa forma, cabe ao médico atendente