Tratamentos térmicos
O recozimento consiste em aquecer a peça em um forno a uma temperatura acima do limite superior da zona crítica (linha A3 para aços hipoeutetóides, linha ACM para aços hipereutetóides e para os aços eutetóides linha A1 ou 727°C), manter o tempo suficiente para que toda a estrutura transforme-se em austenita e resfriar lentamente (por exemplo desligando o forno e mantendo a peça no interior durante o resfriamento do mesmo).
A estrutura final obtida é composta de perlita grossa no caso do aço eutetóide, de perlita grossa e ferrita primária no caso dos aços hipoeutetóides e de perlita grossa e cementita primária no caso dos aços hipereutetóides.
O objetivo do recozimento é a eliminação de efeitos de tratamentos anteriores levando o aço a uma estrutura semelhante a que seria obtida em transformações em equilíbrio. Para uma dada composição, a estrutura típica do recozimento é a que apresenta maior ductilidade.
Normalização
A normalização consiste em aquecer a peça em um forno a uma temperatura acima do limite superior da zona crítica (linha A3 para aços hipoeutetóides, linha ACM para aços hipereutetóides e para os aços eutetóides linha A1 ou 727°C), manter o tempo suficiente para que toda a estrutura transforme-se em austenita e resfriar ao ar (mais rapidamente que no caso do recozimento).
A estrutura final obtida é composta de perlita fina no caso do aço eutetóide, de perlita fina e ferrita primária no caso dos aços hipoeutetóides e de perlita fina e cementita primária no caso dos aços hipereutetóides. Como o tempo de resfriamento é mais rápido a quantidade de fase primária formada é menor que no caso do recozimento havendo, portanto, um afastamento maior das condições de equilíbrio. Estas estruturas tendem a apresentar uma resistência mecânica maior que no caso do recozimento.
O principal objetivo da normalização é a obtenção de uma estrutura mais uniforme