Tratamentos do lodo
INTRODUÇÃO
A cada geração que passa, são evidentes os efeitos da globalização no modo de vida das pessoas. A população, antes, em sua maioria, rural, gradativamente foi deslocando-se para a cidade, a fim de aproveitar as suas melhores oportunidades de emprego e renda, educação, saúde e entretenimento. Porém, essa elevada emigração do campo trouxe vários problemas para as regiões urbanas, os quais afetam o bem-estar da sua população. Um destes problemas é o lançamento de esgoto sanitário sem prévio tratamento nos corpos d’agua, o que é uma grave ameaça à saúde da população.
Por isso é extremamente importante que este esgoto passe por algum tipo de tratamento para a remoção de sólidos grosseiros e areia, e depois seja conduzido até um ponto onde seu lançamento não prejudique estética e sanitariamente um eventual uso dessa água.
Porém os sistemas de tratamento de esgoto geram um resíduo sólido, denominado lodo, o qual precisa ser convenientemente tratado para que a sua destinação final não aflija o bem-estar social, assim como o do meio ambiente. A gestão deste resíduo é complexa e representa geralmente um custo que varia entre 20 e 60% dos gastos totais de operação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), mesmo que o seu volume produzido só represente cerca de 1 a 2% do volume de esgoto tratado.
No Brasil, a produção anual é de 150 mil a 200 mil toneladas de lodo desidratado ao ano, sendo que a sua principal destinação é o aterro sanitário. Devido a ainda incipiente coleta e tratamento de esgoto no país e à pressão da sociedade, a qual requer a instalação de melhores condições sanitárias, há uma forte tendência em uma maior disseminação dos serviços de esgoto, o que, por consequência aumentará a produção de lodo a ser tratado e disposto.
Vários estudos têm sido realizados no país a cerca da incorporação deste resíduo em processos industriais, como por exemplo a fabricação de matérias de construção civil, assim como