Tratamento Inicial do Câncer de Colo Uterino
Introdução O câncer de colo de útero é determinado por um crescimento celular desordenado, inicialmente com transformações intra-epiteliais progressivas que podem evoluir para uma lesão invasora. Seu desenvolvimento é gradual e sua progressão pode ser lenta, levando anos. Considerada a segunda causa mais comum de mortalidade global por câncer, onde o prognóstico da paciente é diretamente relacionado à extensão da doença no momento do diagnóstico (11).
Sua incidência é cerca de duas vezes maior em países menos desenvolvidos comparado com os mais desenvolvidos. Segundo o INCA, no Brasil, o câncer de colo uterino foi o terceiro mais incidente entre as mulheres no ano de 2008, com estimativa de 19000 casos novos. Desconsiderando os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo de útero é o mais prevalente na região Norte. Nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste ocupam a segunda posição e no Sudeste a quarta. (30)
A cura é sem dúvida o principal objetivo do tratamento do câncer, mas outros fatores devem ser considerados na decisão sobre a melhor conduta, como: morbidade relacionada aos procedimentos cirúrgicos, impacto na qualidade de vida, função sexual e aparência. Mais recentemente, muita ênfase vem sendo dada em técnicas para preservar o potencial da fertilidade (21). Em países ocidentais, onde as mulheres frequentemente escolhem adiar a gestação até meados da terceira década de vida, é inevitável que uma proporção significativa esteja diagnosticada com câncer cervical antes de ter a oportunidade de engravidar. Consequentemente, a preservação da fertilidade transformou-se em um tema importante no acompanhamento deste câncer (21). Graças aos procedimentos de rastreio, com exame citopatológico do colo uterino, houve um aumento significativo no número de mulheres jovens diagnosticadas com câncer em estágios recentes, proporcionando uma intervenção terapêutica menos traumática. Tradicionalmente, nos