desenvolvimento e salario minimo
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Desenvolvimento e Salário Mínimo A característica da dimensão produtivo-tecnológica do subdesenvolvimento implica necessariamente considerar o aspecto nacional da questão. É o atraso produtivo característico dessa condição que retira da nação a autonomia nas decisões econômicas cruciais. A ausência de autonomia torna essas economias mais dependentes dos movimentos que ocorrem no plano internacional. Assim a chamada heterogeneidade social é uma dimensão constitutiva do subdesenvolvimento e, ao mesmo tempo, uma decorrência de estilos de crescimento cujo efeito prático ao longo do tempo foi seu agravamento. Essa heterogeneidade não se reduz apenas aos elevados níveis de concentração da renda, mas relevantes dimensões como a má distribuição da propriedade, em particular a fundiárias. Na economia politica da CEPAL e em furtado (1992), o desenvolvimento capitalista é visto como um processo de incorporação e difusão de novas técnicas com o consequente aumento da produção e da produtividade. No plano da distribuição da renda, a grande ênfase à assimilação desigual do processo técnico na esfera produtiva e nos estilos de vida. Isso decorreria em grande medida da má distribuição da renda resultante da não-transmissão dos ganhos de produtividade aos salários cujo razão última seria o excedente estrutural de mão-de-obra das economias periféricas. A industrialização é vista como um processo de constituição de forças produtivas capitalistas, capazes de assegurar a reprodução, endógena, do conjunto do sistema. A especificidade dessas economias estaria na ausência das bases materiais necessárias para permitir a acumulação de capital sem restrições de marcadores prévios criados pelo setor exportador. A industrialização é entendida num sentido estrito como dominância do setor industrial na economia, mas também como a internalização ou endogeização da sua reprodução ampliada. Embora constitua um inegável avanço em relação às interpretações da CEPAL, essa