Trap-ease america: o grande queijo das ratoeiras
Se um homem puder fazer uma ratoeira melhor que seu vizinho, o mundo abrirá caminho até sua porta.
Talvez, ela pensou, Emerson soubesse alguma coisa que ela não sabia. Ela tinha a melhor ratoeira — a Trap-Ease —, mas o mundo não parecia muito entusiasmado com isso.
Martha acabava de voltar da National Hardware Show (Feira Nacional de Ferragens), em Chicago. Estava exausta: passara longas horas de pé em seu estande respondendo às mesmas perguntas centenas de vezes. Apesar disso, a feira havia deixado Martha animada. Todos os anos, os organizadores da National Hardware Show faziam um concurso para escolher o melhor novo produto lançado na feira. Dos mais de 300 produtos lançados na feira naquele ano, sua ratoeira havia ficado com o primeiro lugar. Essa notoriedade não era novidade para a ratoeira Trap-Ease. A revista People tinha publicado um artigo sobre a ratoeira e diversos programas de TV e publicações especializadas a haviam destacado. Apesar de tudo isso, a demanda esperada para a ratoeira não se materializava. Martha esperava que o prêmio aumentasse o interesse pela ratoeira e as vendas.
Um grupo de investidores que tinha obtido os direitos mundiais de comercializar a inovadora ratoeira tinha montado a Trap-Ease America em janeiro. Em troca dos direitos de marketing, o grupo concordou em pagar ao inventor e detentor da patente, um rancheiro aposentado, royalties sobre cada ratoeira vendida. O grupo então contratou Martha para trabalhar como presidente e administrar a Trap-Ease America.
A Trap-Ease, um dispositivo simples mas inteligente, era fabricada por uma empresa de plástico contratada pela Trap-Ease America. Ela consistia de um tubo de plástico quadrado que media cerca de 15 centímetros de comprimento e 4 de largura. O tubo