Trantornos
Por Jamile Bittencourt, Júlia Oliveira e Victória Cristina.
Em tempos de culto ao corpo e grande preocupação com a aparência, é natural que as pessoas se sintam tentadas a se adequar aos chamados "padrões de beleza", que se renovam ano após ano e acabam por determinar o que as pessoas devem vestir, comer e seguir. Hoje, eles anunciam: não basta ser bonita e bem-sucedida. Tem de ser magra! Para alcançar esse ideal, muitas garotas acabam passando dos limites. Ansiosas por manter o corpo esbelto, elas acabam desenvolvendo transtornos alimentares. E não tem nada de frescura aí. São doenças sérias que, se não tratadas, podem acarretar uma porção de outros problemas para organismo. Em casos mais graves, até levar à morte. Um dos componentes desse grupo de doenças resultantes da vaidade feminina é a bulimia nervosa. Quem sofre dela tem episódios frequentes de compulsão alimentar, seguidos de métodos compensatórios inadequados para o controle de peso. Ou seja: depois de comer descontroladamente, elas lançam mão de laxantes, diuréticos, exercícios exagerados, jejuns e até vômito, tudo para tentar evitar o ganho de alguns quilinhos.
Conversamos com uma aluna do Colégio João Lyra Filho, que sofre de Transtorno Alimentar e esclarecemos algumas dúvidas sobre a doença.
ZN: Como foi sua história com os Transtornos Alimentares ?
A: Começou pouco depois que fiz 14 anos, que era uma época em que para mim, eu não considerava a vida muito fácil. Eu era o que se considera uma pessoa ''carente de atenção'', sentia que me faltava carinho, principalmente pela parte familiar, já que eu não tinha uma conexão muito grande com a mesma. E isso me deixava muito mal ,então eu canalizava todos os meus sentimentos negativos na aparência, mostrando para mim e para as pessoas que eu estava ótima. Até que isso se tornou um vício, um labirinto em que eu não conseguia mais sair.
ZN: Quando é que o corpo, o seu corpo, passou