Transtornos psicologicos
O DSM – Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais – foi elaborado pela Associação
Psiquiátrica Americana ao longo da década de 60 para
classificar as doenças mentais em categorias diagnósticas.
A psiquiatria de orientação classificatória se
consolidou na passagem do século XIX para o século XX a
partir de sua organização como ciência das condutas
anormais. O modelo adotado pela psiquiatria dessa época se
baseava nas categorias de hereditariedade e degenerescência
que reduzem as categorias diagnósticas, e a distinção entre
tipos e estruturas.
Freud2, na conferência “O sentido dos sintomas”, se
contrapôs à classificação de “degenerados” utilizada pela
psiquiatria para aqueles que sofrem de sintomas como a
obsessão. Elaborou uma distinção diagnóstica
entre neurose e psicose com base nos mecanismos de negação
na neurose. Asssim ele mostrou que a psicanálise oferece uma compreensão no sentido e da intenção do sintoma neurótico, e que estes podem ser tratados por psiconalítico. O modelo biológico centrado na
hereditariedade e na degenerescência começou a ser
substituído pela ascensão do modelo bioquímico e pela
produção das primeiras medicações antipsicóticas e
antidepressivas. O DSM-III, deu continuidade
a essa orientação e tornou-se um marco da psiquiatria
moderna, foi elaborada psicopatologias organizadas através de um
modelo geral de regulação bioquímica do comportamento.
Até o DSM-III, a classificação diagnóstica sofreu a
influência do modelo psicodinâmico e, consequentemente classificações como neurose e psicose.
A partir desse manual houve um aumento progressivo das
categorias diagnósticas como, por exemplo, a subdivisão da
neurose de angústia em transtorno de pânico com e sem
agorafobia, e transtorno de ansiedade generalizada. Sobre
isso, Éric Laurent comenta que:
O efeito paradoxal do retorno da psiquiatria à medicina