Transtornos alimentares
Nas fases mais avançadas da Esclerose Lateral Amiotrófica, o paciente passa a ter dificuldades na ingestão de alimentos. Aproveite e saiba tudo sobre isso e, principalmente, o que fazer a respeito.
Por que, em determinado momento, o paciente com ELA passa a ter dificuldades em ingerir alimentos?
Isso ocorre quando os músculos envolvidos na deglutição se tornam fracos ou passam a trabalhar de forma ineficaz, comprometendo o aspecto nutricional do paciente.
O que pode acontecer ao paciente?
Com a deglutição comprometida, os alimentos podem cair da base da língua e entrar nas vias áereas não-protegidas, o que provoca engasgo ou aspiração para os pulmões. O engasgo pode ser uma experiência terrível, especialmente se os músculos enfraquecidos causarem uma tosse ineficiente.
O que se deve fazer quando esse problema surgir?
Num primeiro momento, o trabalho de um fonoaudiolólogo pode auxiliar o paciente com ELA a obter uma deglutição mais eficiente, usando técnicas de compensação e posições e alterando a consistência dos alimentos consumidos.
E quando essas técnicas não forem suficientes?
Isso geralmente acontece com a progressão da doença. Nesse caso, o médico pode sugerir o uso de uma sonda para alimentação ou uma sonda de gastrostomia endoscópica percutânea (PEG), para manter a ingestão nutricional adequada e prevenir a pneumonia por aspiração.
Em que situações deve-se colocar uma sonda desse tipo?
A sonda de gastrostomia endoscópia percutânea (PEG) é indicada quando existe um emagrecimento acelerado por ingestão calórica insuficiente, desidratação, encerramento prematuro das refeições por dificuldade de deglutição e/ou falta de energia para completar uma refeição ou engasgo com alimentos.
A colocação de uma sonda do tipo PEG pode ocorrer antes de uma dessas situações?
Sim. O médico pode sugerir a colocação da sonda mesmo se o paciente com ELA ainda ingerir uma quantidade suficiente de alimentos para manter suas necessidades