Transsexuais e educação
Com a demanda das trans que tentam estudar e sofrem com a escola e com a identificação dos outros com elas o Estado precisaria de alguma forma de intervir e recolocar essas pessoas na escola. Os discursos e as práticas regulatórias ditam e difundem, por vários meios, as definições ideais de corpo feminino e masculino e de feminilidade e masculinidade, produzidas em função do mercado neoliberal. Uma transexual fala sobre os traumas da escola para a tese de mestrado de Dayana Brunneto pela Universidade Federal do Paraná
"Peguei pânico de escola. Medo de olharem e me xingarem de novo. Medo de encarar o mundo. Porque eu não aguentava mais, eu estava com 17 anos e era xingada e humilhada todos os dias." "Eu acho que do meu ponto de vista, a prostituição nos é imposta porque não dão para a gente o direito de estudar e nos tornarmos profissionais de outra área.
Porque é muito difícil você conhecer alguma transexual que não esteja na prostituição, que esteja atuando em outra área assim, que seja formada em medicina, que seja formada em uma outra coisa assim sabe? Uma coisa que dê para ela o status quo. Uma transexual advogada... Ah, existe, existe sim. Mas eu penso que durante um bom tempo da vida delas elas já se especializaram nisso, se mantém e depois que elas estão formadas é que elas se transformam." Medidas como o nome social, a escolha do banheiro que quer usar e conscientização da população são fundamentais para reinserção das alunas no sistema