Transposição do rio são francisco
Transposição do Rio São Francisco
Introdução O Rio São Francisco
O São Francisco é chamado de “rio da integração nacional”. Essa denominação vem do fato de ele ligar o Brasil desde o Sudeste – serra da Canastra, em Minas Gerais, onde nasce – até o Nordeste, exatamente na divisa dos Estados de Alagoas e Sergipe, onde deságua no oceano Atlântico. O São Francisco recebe água de vários afluentes, sendo a produção de água de sua bacia concentrada nos Cerrados do Brasil Central. A grande variação na quantidade de água que os afluentes despejam no São Francisco é consequência das diferenças climáticas entre as regiões drenadas pelo rio.
A região que compreende a bacia do rio São Francisco é extensa e, por isso, diversa. Ao longo dos 2.800 km de rio, encontram-se vegetações, ecossistemas e características humanas diferentes. O rio também se modifica em seu percurso, com volume hídrico e usos diferenciados.
As chuvas que caem na bacia e chegam ao rio variam muito de volume ao longo do seu percurso. A média anual vai de 1.900 mm na nascente, em Minas Gerais, a 400 mm no Semi-Árido Nordestino. A evaporação, ao contrário, vai de 500 mm anuais, nas nascentes, a 2.200 mm, em Petrolina, perto da fronteira da Bahia com Pernambuco. Essa evaporação elevada, característica do Semi-Árido Nordestino, dificulta a manutenção de água nos açudes da região, que não são abastecidos por rios perenes. Embora a maior parte de águas do rio venha de Minas Gerais, o São Francisco só pode garantir uma grande oferta de águas – mesmo durante a estação seca (de maio a outubro) – após a represa de Sobradinho, considerada o pulmão do São Francisco. Isso porque a barragem foi planejada para regularizar o rio, a fim de possibilitar a geração de energia hidroelétrica nas usinas de Paulo Afonso, Itaparica e Xingó, próximas a sua foz durante todo o ano.
Principais usos das águas do São Francisco:
• geração de energia elétrica;
• irrigação;
• até a década de 1960, as águas