Transportes
O Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) calcula em R$ 985,4 bilhões a defasagem entre a infraestrutura de transporte do Brasil e a dos Estados Unidos. O que significa que, investindo R$ 100 bilhões por ano, o país levaria quase uma década para alcançar o padrão atual americano, segundo João Guilherme Araújo, diretor de desenvolvimento do Ilos. Somente para o setor de portos o país precisa investir cerca de R$ 40 bilhões.
Investir em infraestrutura não apenas aumenta a competitivade de empresas e países como estimula o crescimento da economia. “Estimativas de mercado dão conta que os investimentos em infraestrutura podem gerar um efeito incremental no PIB entre 0,5% e 0,6%”, diz.
É com relação a isso que ocorre a alta no custo do frete, apontou a análise do Ipea. “Para uma ferrovia ser viável é preciso muita carga e, se existe essa demanda, ela é muito mais eficiente que a rodovia; de contrário o frete passa a custar muito”, explica.
A justificativa é que a ferrovia não é adequada para o transporte de qualquer produto e tampouco o de pessoas e, nesse sentido, há ainda outra questão a existência desta não elimina a necessidade de uma rodovia para atender a uma determinada região. Por isso, a implantação de uma ferrovia apenas é justificada, do ponto de vista social e econômico, se existe uma demanda por transporte de carga, atual ou futura, em volume suficiente para compensar os elevados investimentos na construção da linha.
Entretanto, para construir uma ferrovia é preciso haver demanda. Conforme relata o estudo, com os fretes rodoviários praticados no País, a ferrovia apenas se torna competitiva a partir de