Transporte
Ampliações na malha de transporte ocorrem, em princípio, para atender a uma demanda efetiva de desenvolvimento social e econômico. Seja a criação de uma nova via ou a ampliação ou melhoria de uma via já existente, os novos investimentos em infra-estrutura de transporte correspondem a uma necessidade real dos grupos sociais e econômicos que serão diretamente beneficiados. Os empreendimentos do Setor de Transporte são, portanto, em geral, geradores de benefícios sociais e econômicos, que ampliam a competitividade econômica de uma região, criam novas oportunidades de emprego e renda e melhoram a qualidade de vida das populações por eles atendidas.
A abertura de novas vias de transporte e, em grande parte dos casos, também a melhoria das vias existentes, têm um forte papel na indução da ocupação humana das áreas por elas atravessadas. Exatamente por serem indutoras de desenvolvimento, novas ou melhoradas rodovias, ferrovias, hidrovias, aeroportos ou portos tendem a induzir a ocupação de suas margens e de seu entorno por populações que nelas vêem possibilidades de melhores condições de vida, de trabalho, de produção e de negócios. Por onde passa uma nova via de transporte, assiste-se um intenso processo de adensamento populacional. Quando essa nova via atravessa ou permite o acesso a áreas de baixa ocupação humana ou desocupadas, assiste-se, na maioria das vezes, a situações catastróficas de ocupação desordenada, dando origem a áreas de intensa ocupação humana sem nenhuma infra-estrutura urbana e a processos de alta degradação do meio ambiente e deterioração dos modos de vida que preexistiam a sua implantação.
A opção pelo modo de transporte mais adequado a uma determinada situação é uma tarefa difícil, de competência do Ministério dos Transportes. A escolha entre a rodovia, a ferrovia ou a hidrovia, e sobretudo a combinação equilibrada do transporte multimodal, envolve variáveis econômicas, sociais e ambientais complexas e