Transporte ferroviario
Rafael da Silva Romeiro
Economia Contemporânea Brasileira – Prof. Dr. Joaquim Melo Couto
Resumo
Este artigo trata de uma análise da estrutura e do investimento do setor ferroviário de carga, com ênfase nos investimentos realizados pelo BNDES e pelo setor privado após as desestatizações. O estudo buscará, através de levantamentos atuais, mostrar os avanços, alterações na legislação, análise de funções de custo, serviços, rotas e necessidades de expansão do serviço ferroviário para uma melhor perspectiva de crescimento e desenvolvimento do setor, podendo assim obter resultados mais concretos com relação a investimentos essenciais para o sistema ferroviário de carga. O Brasil, atualmente, conta com uma malha ferroviária de pouca expressão em relação aos outros meios de transporte de carga, além de transportar cargas de baixo valor agregado, fatores que acarretam uma receita com potencial para se tornar maior, como será exposto ao longo do artigo.
Palavras-chave: Setor ferroviário, valor agregado, desenvolvimento do setor.
Introdução
Junto com o crescimento produtivo do café, o transporte ferroviário ganhou o cenário como uma ótima alternativa para o transporte de carga, o que favoreceu seu crescimento junto aos investimentos do governo para a construção e ampliação das ferrovias, além de investimentos estrangeiros que colaboraram para a construção da malha ferroviária. No entanto, esse destaque do cenário das ferrovias começa a perder espaço, com a crise cafeeira e o surgimento da industrialização, tornando o transporte ferroviário inadequado para as necessidades dessa nova fase, de modo que o transporte rodoviário acaba por se encaixar melhor de acordo com as necessidades da época para o volume de cargas. A construção de rodovias também era mais barata, o que configurava mais um fator de viabilidade, desencadeando assim, na década de 1950, uma grande quantidade de