Transição Demográfica e Transição Epidemiológica

PEREIRA, M. G. Epidemiologia: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. Cap. 8. p. 161-178.
Resumo
Os tópicos selecionados do capítulo em discussão tem por objetivos apresentar as teorias da transição demográfica e da transição epidemiológica e destacar também a situação da saúde no Brasil e mundo atual. De acordo com a teoria da transição demográfica os países tendem a percorrer quatro estágios na sua dinâmica populacional: a fase primitiva, fase intermediária de divergência dos coeficientes, fase intermediária de convergência dos coeficientes e a fase moderna. Com o passar dos anos observou-se uma redução gradativa da mortalidade em praticamente todo o mundo, essa diminuição é mais acentuada no grupo de indivíduos de meia-idade e idosos, nos países desenvolvidos. No Brasil a proporção de jovens tende a diminuir rapidamente nas próximas décadas, enquanto a de adultos aumentará, ou seja, os idosos passarão a constituir um grupo cada vez mais numeroso. À medida que o mundo se industrializa, a população se urbaniza e as cidades se modernizam surgem também alteração e deteorização do meio ambiente onde as pessoas vivem ou trabalham, expondo-as as condições adversas para a saúde. A transição epidemiológica indica que as doenças infecciosas e parasitárias vêm cedendo lugar a doenças crônico-degenerativas que passam a dominar o quadro nosológico. Os países desenvolvidos apresentam baixas taxas de natalidade e mortalidade, o que os coloca em crescimento demográfico próximo a zero e apresentam também elevada expectativa de vida. A posição dos indicadores de saúde nessas nações é altamente favorável e está associada a fatores como melhoria das condições de nutrição, estilo de vida, e saneamento básico. Nos países subdesenvolvidos prevalecem às mesmas condições que existiam algumas décadas atrás: a mortalidade é elevada, especialmente em crianças de família de baixa renda. O Brasil se encontra no terceiro estágio de transição demográfica, o que significa