Transformações sociais nos últimos 150 anos
Com a Revolução Industrial e a expansão do capitalismo, surgiu nos centros urbanos, agravamento dos problemas sociais, devido à grande concentração das riquezas em mãos dos detentores dos bens de produção, em contraposição à crescente miséria da classe operária. Entretanto, nos últimos 150 anos, observamos diversas transformações sociais, no que diz respeito aos direitos da população. O Estado do Bem-estar surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Seu desenvolvimento está relacionado ao processo de industrialização e os problemas sociais gerados a partir dele. Nele, o Estado é quem se responsabiliza pela política econômica, cabendo a ele as funções de proteção social dos indivíduos – educação, saúde, seguridade social. Além dos Estados Unidos, que pensavam em saídas para a Grande Depressão, países europeus como Noruega, Suécia e Suíça – até hoje conhecidos pelo alto nível de excelência em quesitos socioculturais e que se encontram nos lugares mais altos no ranking mundial de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) – foram os primeiros a adotar o modelo do Estado Social. Ao longo dos anos 70 e 80, o Estado brasileiro busca organizar um "'arremedo' de Estado de bem-estar social", na tentativa de satisfazer algumas demandas da população desprotegida. Entretanto, desde do início, jamais o Brasil considerou os gastos com políticas sociais como "investimento" produtivo, no sentido preconizado por Gunnar Myrdal, sendo a maior parte das políticas adotadas no Brasil mais semelhantes às antigas políticas "assistencialistas" européias destinadas mais a "remediar a pobreza" do que a políticas efetivamente capazes de criar uma maior eficiência econômico-produtiva e assim gerar novas e maiores riquezas. A criação do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), do Funrural e, posteriormente, das Ações Integradas de Saúde (AIS) do SUDS, do SUS, dos mecanismos de seguro-desemprego, são exemplos claros