O que é Sociologia
O século XXI, em seu alvorecer, apresenta-se caracterizado por riscos e incertezas quanto ao futuro próximo. Acelera-se o ritmo da vida, multiplicam-se as identidades e as formas de pensar o mundo, ampliam-se diferenças entre classes, etnias, países, blocos regionais, organizações e movimentos em geral. Tudo isso em meio à crise dos paradigmas e de respostas tradicionais às antigas e renovadas questões sociológicas, tais como os dilemas do “publico e do privado”; as contradições Estado/Sociedade Civil/ Mercado; o sentido das instituições e organizações civis no confronto com seus representados; a construção mesma de relações pautadas numa cultura cívica global; o desafio dos temas de nacionalidade em tempos de globalização; a acentuação das distâncias de classes, das desigualdades e da exclusão social, a “crise” do trabalho do conhecimento e da Educação em tempos de emergência da “sociedade da informação”. O quadro impõe novos desafios, constituindo em objetos de análise da sociologia.
Segundo Carlos B. Martins (1982):
“A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório. Para alguns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes, para outros ela é a expressão teórica dos movimentos revolucionários.”
A sua posição é notavelmente contraditória. De um lado foi proscrita de inúmeros centros de ensino. Foi fustigada, em passado recente, nas universidades brasileiras, congelada pelos governos militares argentino, chileno e outros do gênero. Em 1968,os coronéis gregos acusavam-na de ser disfarce do marxismo e teoria da revolução. Enquanto isso os estudantes de Paris escreviam nos muros da Sorbone que ‘não teríamos mais problemas quando o último sociólogo fosse estrangulado com as tripas do último burocrata’(...). Para este sociólogo a sociologia é um “conjunto de conceitos, de técnicas e de métodos de investigação produzidos para explicar a vida social.” Também entende que a sociologia é o resultado de uma