Transformação e evolução da informática
No final do século XIX surgiu o relê, um dispositivo eletromecânico formado por um magneto móvel, que se desloca unindo dois contatos metálicos. O Relê foi muito usado no sistema telefônico, aliás, algumas centrais analógicas ainda utilizam estes dispositivos até hoje. Suas limitações eram o fato de serem relativamente caros, grandes demais e ao mesmo tempo muito lentos: um relê demora mais de um milésimo de segundo para fechar um circuito, mais de dez milhões de vezes mais lento que um transístor atual.
Também no final do século XIX, surgiram as primeiras válvulas que foram usadas para criar os primeiros computadores eletrônicos na década de 40. As válvulas já eram bem mais rápidas que os relês, atingiam frequências de alguns Megahertz, o problema é que aqueciam muito, consumiam muita eletricidade e queimavam-se facilmente. Construir um computador que usava milhares deles era extremamente complicado e muito caro.
Apesar de tudo isso, os primeiros computadores começaram a surgir durante a década de 40, naturalmente com propósitos militares. Os principais usos eram a codificação e decodificação de mensagens e cálculos de artilharia. Sem dúvida, o computador mais famoso daquela época foi o ENIAC (Electronic Numerical Integrator Analyzer and Computer), construído em 1945.
O ENIAC era composto por nada menos do que 17,468 válvulas, ocupando um galpão imenso. Porém, apesar do tamanho, o poder de processamento do ENIAC é ridículo para os padrões atuais, suficiente para processar apenas 5.000 adições, 357 multiplicações e 38 divisões por segundo, bem menos até do que uma calculadora de bolso atual, das mais simples.
A programação do ENIAC era feita através de 6.000 chaves manuais. A cada novo cálculo, era preciso reprogramar várias destas chaves. Isso sem falar no