Transformação martensítica
Ligas com efeito de memória de forma (EMF) apresentam a capacidade de voltarem à forma original, após deformação plástica, através de aquecimento acima de temperatura de fim da transformação da martensita em austenita. Estas ligas apresentam aplicações em muitos campos. Alguns exemplos de materiais que podem apresentar o efeito de memória de forma são: ligas a base de Cu; ligas de NiTi, ligas ferrosas, cerâmicas e polímeros . No EMF a recuperação de forma consiste na reversão da martensita induzida termicamente ou mecanicamente. A reversão, e(hc)g(cfc), que ocorre com o aquecimento, resulta na recuperação de forma após o material ter sido deformado plasticamente. Os principais fatores que influenciam na recuperação de forma são: composição química, estrutura cristalina inicial, tratamento, tamanho de grão e energia de defeito de empilhamento.[4] O efeito memória de forma aparece em algumas ligas que apresentam uma transformação martensítica cristalograficamente reversível. Esse fenômeno depende basicamente de dois fatores, temperatura e tensão.[3] Quando processadas adequadamente apresentam essa transformação em temperaturas muito próximas da temperatura ambiente. Conseqüentemente pode-se ter o aproveitamento dessas alterações estruturais para fins diversos, tais como: indústria aeroespacial e petrolífera, aplicações biomédicas entre outras. O EMF, como outras propriedades importantes, é fortemente dependente da história termomecânica da liga. Três tipos de reacções no estado sólido podem ser induzidas pelos tratamentos termomecânicos: uma mudança local da composição química devido ao fenómeno de precipitação, a formação e aniquilação de defeitos e a própria transformação martensítica, responsável pela memória de forma. No presente trabalho o foco principal ó estudo das transformações martensiticas, seus tipos e propriedades. A transformação martensítica pode ser definida como uma transformação de fase no estado sólido