Politica de negociacao

A exploração irracional cedeu lugar ao aproveitamento racional de recursos, não pela consciência ecológica, mas pela pressão econômica.
Abandonou-se então o conceito estreito de "desenvolvimento econômico" para iniciar a exploração e aplicabilidade do conceito mais amplo de "desenvolvimento sustentável".
Desse modo, a questão ambiental deve ser tratada de forma global, considerando que a degradação ambiental é resultante de um processo social, determinado pelo modo como a sociedade apropria-se e utiliza os recursos naturais.
A preservação do nosso planeta é considerada a única solução para a salvação da raça humana, uma vez que não temos para onde ir caso não hajam recursos naturais essenciais a nossa sobrevivência.

Verifica-se em todo o mundo um crescimento do número de organizações, que compreende a interligação entre as questões ambientais e o processo produtivo, assumindo que suas atividades geram poluição e degradação ambiental.
Para a realização deste trabalho, apresentaremos uma síntese dos capítulos da dissertação que trata sobre a Mineradora Vale, que na época da realização do estudo ainda se chamava Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
Até meados de 1970, a empresa não possuía nenhum tipo de política ambiental com o intuito de diminuir ou amenizar os danos causados à natureza e à qualidade de vida da população.
Foi a partir dessa década que a CVRD implantou, principalmente em Itabira, programas de controle ambiental em suas áreas de mineração, devido à pressão da sociedade civil e de empresas internacionais consumidoras dos produtos da mineradora. Nos países-sede dessas empresas, o cumprimento às normas ambientais já era uma prática desde os anos setenta.
A motivação da autora para a realização desta pesquisa foi e de buscar compreender os processos políticos e sócio espaciais ocorridos em Itabira após a instalação da mineradora e os problemas enfrentados pela população que vive na região, como a desvalorização das propriedades, a degradação da