MARTENSITA E BAINITA CAP 2
MARTENSITA E BAINITA
Considerações Gerais - A Martensita, chamada assim devido ao cientista alemão Adolf Martens, vem sendo usada por muito tempo para designar uma microestrutura dura encontrada como produto dos aços temperados.
Ultimamemte, entretanto, tem-se desenvolvido vários estudos no sentido de compreender a natureza de sua transformação.
A transformação martensítica também ocorre em alguns sistemas não ferrosos, tais como as ligas Cu-Al e Au-Cd, e em sistemas óxidos, como por exemplo o
SiO2 e o ZrO2. De fato, os estudiosos desta área tem identificado as características da transformação martensítica em sistemas não metálicos e denominam esta transformação de “ displaciva” ( de “displacive” em inglês e sem tradução própria para o português ) para diferenciar do termo “martensítico” utilizado pêlos metalurgistas.
Quanto a Martensita, este termo se refere a qualquer fase produzida por uma transformação martensítica ou por uma transformação displaciva, ainda que estas fases posam diferir significativamente em termos de composição, estrutura cristalina e propriedades.
Nas ligas Fe-C e nos aços, a Austenita é a fase de origem a partir da qual a transformação martensítica ocorre. A transformação martensítica é adifusional e, consequentemente, tem exatamente a mesma composição da Austenita que lhe deu origem, podendo chegar até 2% C, dependendo da composição da liga.
Uma vez que a difusão é suprimida do processo de transformação, devido ao resfriamento rápido, os átomos de Carbono não podem se distribuírem entre a
Ferrita e a Cementita, ficando aprisionados nos sítios octaédricos da estrutura cúbica de corpo centrado ( característica da Ferrita ), assim produzindo uma nova fase , a Martensita.
Como a solubilidade do Carbono na estrutura C.C.C é excessivamente excedida, quando a Martensita se forma, então esta assume uma estrutura
Tetragonal de Corpo Centrado com uma célula unitária cujo parâmetro “c”