Transferência de eficiência na saúde suplementar
Prof. MSc. Simeão Antônio Silveira Brasil – UNILASALLE Artigo publicado no Editorial Atlas n. 25, p. 7, aborda a queda de braço entre as seguradoras de saúde suplementar e os prestadores de serviços de atenção à saúde. No primeiro grupo estão contidas as organizações conhecidas como “convênios particulares” e, no último os médicos, hospitais e demais congêneres credenciados. O texto sugere que as partes desistam de competirem entre si e avaliza que a cooperação mútua consiste-se na solução para “salvar o mercado”. Sustenta a hipótese com base no pressuposto de que, se não competirem, poderão reduzir os custos operacionais e integrá-los ao repasse remuneratório pelos serviços prestados. Em resumo, se os esforços para a redução da despesa e dos custos que incorrem nos convênios contemplarem os prestadores de serviços, os ânimos arrefecer-se-ão. Analisando sob outra ótica tem-se que, a lacuna de mercado provocada pelo aumento da demanda somada à ausência de barreiras à entrada de novos competidores, foram os grandes motivadores para a chegada de novos agentes. Essa nova formatação competitiva obrigou os convênios à realização de movimentos estratégicos que lhes permitissem capturar parcelas de mercado e à inevitável redução nos custos e despesas operacionais que, por sua vez, ocasionaram diminuições nos valores de alguns procedimentos médicos e de determinados pacotes de serviços. Este fenômeno conhecido como “transferência de eficiência”, apregoa que a uma diminuição nos gastos internos de uma organização com poder de barganha, haja correspondência por outra parcela relativa nos demais agentes, ocasionado um efeito dominó nos processos decisórios de toda a cadeia produtiva. Tal ocorrência surpreendeu os prestadores, pois que estes carecem de informações que lhes permitam gerir os recursos com maior eficiência e eficácia. Para isso, devem abolir a visão de que a solução para os déficits crônicos está no aumento