Transferencia da familia real para o brasil
A transferência da corte portuguesa para o Brasil foi o episódio da história de Portugal e da história do Brasil em que a família real portuguesa, a sua corte de nobres (ver nobreza portuguesa) e mais servos e demais empregados domésticos (tais como valetes) se radicaram no Brasil, entre 1808 e 1820. Tendo a leva inicial chegado a mais ou menos quinze mil pessoas. Posteriormente, após 1822, alguns destes voltaram a Portugal.
A capital do Reino de Portugal foi estabelecida na capital do Estado do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, registrando-se o que alguns historiadores denominam de "inversão metropolitana", ou seja, da antiga colónia passou a ser exercida a governação do império ultramarino português. FIGURA 4
MOTIVOS DA VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL
Não só de ascensão política e econômica encontrava-se a Europa. Napoleão Bonaparte, imperador francês, estava indo atrás da sua hegemonia na Europa e, para isso, era necessário frear a expansão marítima da Inglaterra. E é ai que Portugal começa a ter o seu papel no fato. A corte portuguesa encontrava-se em uma situação muitíssimo delicada: de um lado estava Napoleão Bonaparte, pressionando a invadir aqueles territórios que não acatassem as suas ordens. De outro, estava a Inglaterra, parceira comercial e militar de Portugal. Napoleão decidiu fixar um bloqueio sobre a Inglaterra, em uma tentativa de diminuir o poderio dos mares que está apresentava. Este bloqueio visava a fechar todo o continente europeu em relação à Inglaterra, o chamado Bloqueio Continental. Portugal, que se encontrava muito subordinado à "rainha dos mares", decidiu relutar em aderir completamente o ato. Ao tomar esta decisão, Portugal viu-se em uma situação complicada: a promessa de invasão territorial por Napoleão Bonaparte. D. João, então príncipe regente de Portugal, viu-se obrigado a assinar a Convenção Secreta no dia 22 de outubro de 1807.
Em contrapartida, ao tomar