Transcendência e imanência de deus

TRANSCENDÊNCIA E IMANÊNCIA DE DEUS

O conceito de Deus adotado por uma pessoa fornece toda a estrutura dentro da qual ela constrói sua teologia e vive sua vida por isso é fundamental que haja uma compreensão correta de Deus. No sentido popular e prático são muitas as interpretações a respeito da doutrina de Deus. Muitos aprendem e crescem pensando que Deus é um oficial de justiça ou vigia celestial que está pronto para punir o erro do pecador. Em nossas igrejas são comuns cânticos infantis como: “Cuidado mãozinha no que pega... porque o Papai do céu está olhando pra você...” que reforçam esse pensamento. Outros compreendem Deus como alguém pronto a atender suas petições, nesse contexto, Deus se torna um empregadinho coagido diante das orações que evocam as seguintes afirmações: “Eu não aceito isso em minha vida!”, “Eu determino!”. A concepção correta de Deus precisa ser alcançada para que nossa vida espiritual tenha significado e profundidade, isto é, seja arraigada na verdade.
Conceitos num nível mais intelectual também comprometem uma compreensão real de Deus. Nesse campo, no entanto, podemos citar vários exemplos de tentativas errôneas de enquadrar Deus dentro de características físicas e temporais. Encontramos, por exemplo, na teologia de Spinoza que a pesar de afirmar que a substância divina é eterna e infinita, que esta está fora do tempo e se desdobra em número infinito de perfeições ou atributos infinitos. O Deus spinoziano é a substância única e a causa única, isto é, ele defende uma espécie de panteísmo. Para ele o mundo é por sua própria essência idêntico a Deus. Deus - natura naturans (Deus como causa de si mesmo) e mundo - natura naturata (Deus como efeito de si mesmo). O panteísmo nega a transcendência e defende a imanência absoluta.
Outra compreensão equivocada de Deus e sua relação com a criação e o homem é o deísmo que consiste em negar a imanência de Deus e defender uma transcendência absoluta. Deus é visto apenas como a "primeira causa" e o