Resenha estado moderno

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

FLAVIELLE MARIANA DE ABREU
TAMIRES MARA DA SILVA

RESENHA CRÍTICA

SÃO JOÃO DEL REI
2009

SCHIERA, Pierangelo. Estado Moderno. In: N. Bobbio, Matteucci & G. Pasquin (orgs.). Dicionário de Política. 2ª ed. Brasília: Ed. UNB/Hamburg, 1993. p. 425-431.

Pierangelo Schiera, graduado em direito do Sagrado Coração de Milão, professor de história das Doutrinas Políticas na Faculdade de Sociologia da Universidade de Trento, é autor de numerosas publicações. Ele dividiu seu texto em quatro capítulos, onde o autor procura explicar as diferentes fazes do Estado moderno, tanto na visão histórica quanto na visão política. O autor inicia mostrando de forma histórica o Estado Moderno como uma forma de ordenamento político, surgida na Europa a partir do século XIII até o fim do século XVIII ou início do século XIX, que se estendeu a todo o mundo civilizado com base de pressupostos e motivos específicos. O elemento central da diferenciação peculiar e diversa de outras formas consiste na progressiva centralização do poder para compreender o âmbito das relações políticas. O Estado moderno nasce com traços essenciais de uma nova forma de organização política, fundada sobre a concomitante afirmação do princípio da territorialidade da obrigação política e sobre a progressiva aquisição da impessoabilidade do comando político. A tensão do sistema policêntrico e complexo dos senhorios feudais, concentrado e unitário através da chamada racionalização da gestão do poder e da própria organização política imposta pela evolução das condições históricas materiais levam ao surgimento do Estado moderno. Isto implica a forma de organização do poder, que se opõe a um mundo político caracterizado pelo primado do espiritual sobre o político e a passagem do senhorio terreno de conteúdo prevalentemente pessoal a uma soberania territorial de conteúdo marcadamente político. O autor procura identificar o Estado como “Ordem Política”,