coco
Marta Genú Soares Aragão. UEPA. Brasil2
A abordagem deste texto-reflexão está voltada para a conceituação e caracterização dos elementos da imanência e da transcendência que perpassam a análise epistemológica das áreas do conhecimento aqui tratadas, ou seja, a Religião e a Motricidade Humana.
A discussão inicial em torno dos conceitos de imanência e transcendência está focada na obra de Spinoza, Emmons e Manuel Sérgio. Esse primeiro estudo aproximativo com a temática, busca nos autores citados, aspectos relevantes para serem aprofundados após análise reflexiva, com o objetivo de construir lastro teórico para o campo de conhecimento da Motricidade Humana e interpretar o pensamento religioso.
Spinoza foi filósofo, nascido em 1632, influenciado pelo racionalismo de Descartes, Spinoza trata a matéria e o espírito como interfaces de uma única substância divina. Esse autor une matéria e espírito a partir do elemento lógico-formal cartesiano.
Emmons, neuropsicólogo interessado nos estudos religiosos, investiga as bases científicas do que denomina de inteligência espiritual. Ao defender esse argumento, utiliza critérios científicos e adota a acepção do “ultimate concern” que numa aproximação traduzida para o português se constitui na forma existencial de se relacionar com o princípio supremo da religiosidade.
Manuel Sérgio, filósofo como Spinoza, concebe o ser humano numa cosmovisão, a partir do pensamento complexo, que concebe a multidimensionalidade humana. Ao propor um novo paradigma científico, admite a completude humana na dimensão integral do sujeito.
Percebe-se que os teóricos citados referem o ser humano na interseção “res cogitans” e “res extensa”, direcionando tratamento científico para as áreas do conhecimento que estudam tais aspectos comuns ao ser humano. Essa é uma abordagem necessária para compreender-se imanência e transcendência.
Pressupõe-se que o sujeito não é divino,